Assim Como Você
2 de setembro de 2010
Não era sexta-feira, mas ele estava lá. Sorrindo. Bêbado. Gritando a todos que quisessem ouvir. Com a voz rouca, a mente louca e insaciavel. Berrava a plenos pulmões o nome dela, numa agonia que dava pena. Acreditava que aquilo a traria de volta.
Passava as noites assim. Quando não criava uma bela canção em sua guitarra. Já foi um grande amigo meu, já compomos canções que nunca serão gravadas. Agora eu via ele se derreter em corações. Tudo por causa da garota dos seus sonhos. Da sua vida. Nem mais as noites nos bares com strippers o animavam.
Naquela noite, resolvemos tocar alguma coisa interessante. E o resultado foi uma música “divertida”. Ele dizia
que apenas a música ainda trazia alegria. Saudade de reunir uma galera pra uma jam session. Alguém aí tá a fim?
Assim Como Você
(George Raposo)
Enquanto você pede
Só um pouco mais
De gelo em nossas vidas
Eu então te peço
Pra me deixar em paz
Com minhas feridas
Linda, loira e esnobe
Anda no seu carro esportE
Madrugada adentro
Diz que é um hobby
Brinca com a sorte
De um sentimento
Eu não te entendo
Não consigo ser
Assim como você
Assim como vocÊ
Tem o coração negro inviolável
Sinto lhe dizer, amor é inevitável
Se perde entre as ruas
Me perdi em suas pernas
Simples, fágreis, nuas
As lembranças sao eternas
Andando por aí
Destruiu meu coração
Basta só sorrir
E lá se vai minha razão
Como uma briga
Pela primeira vez
Como um menino
que comemora o talvez
Eu não te entendo
Nem pretendo ser
Assim como você
Assim como você
só um sorriso.
29 de julho de 2010
Virando Poeta.
23 de julho de 2010
Aula de Gramática. 1996. 7ª Série. Colégio.
– Ei, George, faz um poema pra eu conquistar a Talyta, faz?
– Rapaz, o negócio não é assim…
– Faz, pô. Tu é o melhor que conheço nisso. Pode pegar um velho que tu já tenha guardado em algum lugar. Me dá um poema? Tô apaixonado por ela. Ela gosta de poesias.
– Compra um livro e dá.
– Não, tu não entende. Tem que ser um poema dela. PRa ela sentir que é dela. Deixa de ser assim, bixo. Tu é meu amigo ou não é?
– Tá eu faço. Mas tu vai pagar meu lanche a semana inteira se der certo, ok?
– Ok! Cara, brigadão. Tu é brother.
Fiz a merda do poema. Um daqueles bem água com açúcar. Típico pra meninas da 7ª série. Deu certo. Ele conquistou a Talyta. Ficaram um tempinho, mas logo ela descobriu que eu tinha feito o poema e largou ele. Até hoje eu não sei como, mas sim. Depois que mudei de colégio no ano seguinte eu nunca mais conversei assim com ele. Acho que ele pensa que eu que disse pra ela que tinha feito o poema.
Depois de 3 anos, a gente se encontrou numa festa qualquer e até ficamos. Ficamos amigos e um dia fiz um poema pra ela. Porque ela merecia um poema sincero.
Piscina
28 de abril de 2010
Madrugada de quarta é dia de poema. Esse poema eu não lembro muito bem quando escrevi. Mas foi pra um amigo que tinha acabado de terminar um namoro com uma menina que já tinha namorado outro amigo…os dois contaram como o namoro era uma felicidade no começo, mas no fim virava um pesadelo. Sei lá. Acho que faz algum sentido…
Piscina
(George Raposo)
Você sabe que sempre que eu fugir
deixarei marcas dos meus passos pra você me achar
E então, se você quiser me seguir
Acho melhor se apressar
Porque as marcas se apagam com o tempo
o vento muda tudo de lugar
Quem está esperando por você
Na chuva, na estação de trem
São horas e horas de sonhos, mas
No fundo sabe que você não vem
E se parece que eu não ligo
é porque tenho medo de perder
Aquilo tudo que você tem me dado
É muito fácil de esquecer
Porque as marcas se apagam com o tempo
o vento faz tudo voar
Quem está de mãos dadas com você
No shopping, na fila do cinema
Não sabe que o começo muito bom
Depois vira um grande problema
Então venha, pule na piscina
Esqueça que eu não disse nada
Sobre o seu corte de cabelo
Ei, venha, a água está tão boa
Traga mais uma soda limonada
E pára de olhar para o espelho
Talvez você não se lembre
De quando me arrancou o coração
Deixou esse buraco no meu peito
E agora impede a cicatrização
Porque as marcas se apagam com o tempo
o vento sempre faz ele sangrar
Vó
27 de abril de 2010
Já que fiz textos pra todo mundo, por que não fazer um pra ela? A pessoa que mais me apoia em todos os momentos da vida. Em tudo. Que sempre me deu puxões de orelha, que sempre soube dizer o que eu precisava e devia ouvir. Te amo, vó!
Abri os olhos e encontrei seu sorriso
E nos teus braços eu pude crescer
Sempre me dando tudo que preciso
Me ensinando a viver
Horas a fio
Uma sopa de verduras
Vários vidros de soro
A minha cura
A sua mão gelada segurando a minha
Como se eu fosse um bebê
Me buscar na escola
E nunca me esquecer
Tantas tardes, tantos dias
Minha vida inteira
Tantas estórias engraçadas
Era só brincadeira
Um velho jogo de baralho
Algumas jogadas e estou vulnerável
Numa canastra de duzentos
Saber que és insuperável
Pode falar quantas pílulas quiser
Até seus erros na agenda de telefone
Sempre vou te ouvir quando disser
Que é pro meu próprio bem
Agora tantos anos, tantos Natais
Parece tão pouco pra mim
Se pareço estar distante
Não me culpa, às vezes é assim
Eu virei um homem, vovó
E devo muito a você
Fazendo de mim alguém melhor
Nem sei como agradecer
Eu não vou mais quebrar nada
Eu prometo ficar quieto
Se prometeres ficar pra sempre
Do meu lado.
Eu só posso dizer TE AMO
Agradecer por cada segundo
Parabéns e obrigado
Por fazer parte do meu mundo
*dia das mães está bem aí e vou poder dar um abraço apertado e mil beijos na minha gordinha *
Hoje Não É Natal
27 de fevereiro de 2010
Hoje Não é Natal (George Raposo)
Hoje não é sexta-feira
Como se fizesse alguma diferença
Pra você
Porque viver parece tão fácil
Quando olho o seu sorriso
Hoje não é Natal
Como se fosse algo tão estranho
Pra mim
Porque os dias são iguais
Quando estou sozinho
E se eu fosse correr atrás do arco-íris
Onde eu poderia chegar?
Dentre as poças que pulamos
Qual a que mais vai te molhar?
Hoje não é nosso dia de sorte
Hoje não é nosso dia de sorte
Hoje não é seu aniversario
Mas todo dia é seu
Pra você
Porque sonhar parece tão normal
Quando olho seu sorriso
Hoje não é Natal
Como se vocês estivesse olhando
Pra mim
Porque as noites são banais
Quando estou sozinho
E se eu nunca mais fosse dormir
Como eu iria sonhar?
E se lá fico perto de você
Nunca mais te abraçar?
Vendo TV no sofá
23 de fevereiro de 2010
Vendo TV no sofá (George Raposo)
Onde deixei meu coração?
Nas suas palavras mordazes que me partiram o peito
Contando os meus defeitos a quem quisesse ouvir
Ou foi quando perdi o senso do ridiculo
Ao dizer que te amava?
Deixar o vento me levar
Pra perto, onde ninguém pode me tocar
Sussurar palavras bonitas sem ninguém pra ouvir
Me perder entre os devaneios da minha mente
Simplesmente não consigo te esquecer.
Onde deixei meu coração?
Nos cartazes que anunciam a nossa salvação
Semeando esperança naquelas tristes almas
Ou foi quando esqueci de trancar a minha porta
E deixar voce entrar?
Dizer que o céu está bonito
Só por não ter algo melhor pra falar
Descrever cenários bucolicos pra te fazer sorrir
Enrolando os pensamentos suicidas num bilhete ensanguentado
Nunca poderás dizer que me arrependi.
Onde deixei meu coração?
Nas tardes de domingo assistindo TV no sofá
Esquecendo que era apenas a sala normal
Ou foi no seu jeito de sorrir, falar, andar e fazer
Eu me sentir um bobo?
Sentar em frente ao mar
PRocurar estrelas no céu nublado
Escolher casais felizes pra me fantasiar
Destrinchando todo o passado entre os dentes
Acho que está com você.
31/03/2006
Um sol, um mar e tudo mais
12 de fevereiro de 2010
Um Sol, uma mar e tudo mais
(George Raposo)
Lembra daquilo que a gente sonhou?
Um mar, um sol e 20 minutos de solidão
O que foi feito do nosso amor?
Uma mar, um sol e um pote de desilusão
Esqueça a verdade que guardamos
Um mar, um sol e alguns segundos de beijos
Esqueça tudo que inventamos
Um mar, um sol e uns poucos desejos
Lembra?
Lembra?
Lembra?
Das nossas piadas sem graça
Esqueça!
Esqueça!
Esqueça!
Que um dia tudo passa
Lembra daquilo que a gente imaginou?
Um sol, um mar e felizes para sempre
O que foi feito do nosso amor?
Um sol, um mar e litros de detergente
Esqueça a verdade que inventamos
Um sol, um mar e sorrisos demais
Esqueça tudo que sonhamos
Um sol, um mar e tudo mais.
Ao Pé do Ouvido
5 de janeiro de 2010
Ao Pé do Ouvido
(George Raposo)
Segredos ao pé do ouvido!
Sei que falo demais
Entre um beijo e outro
Insegurança faz parte do show
E o medo que você sente
Talvez faça mais sentido
No silêncio de um abraço
O som da respiração
Sei que falo demais
Só calo com um beijo
Que você sabe dar
Na hora certa que o assunto
Já não tem mais relevancia
e eu começaria a falar coisas
Que poderiam ser usadas contra mim
Você me entende?
Não posso mais te surpreender
O ar que eu respiro
Agora tem o seu perfume
E a minha boca procura a sua
Pra dizer um segredo.
Não tenha medo
Eu posso te proteger
Se eu tivesse todo esse poder
O mundo seria só eu e você
E quando a luz apagar
Meus olhos vão te iluminar
Sei que falo demais
E te irrito muitas vezes
Provocar faz parte do meu eu
E o seu você sabe onde está
Mais perto de mim a cada instante
Se distante eu sei que vai ligar
E perguntar como eu estou
Sei que falo demais
Segredos ao pé do ouvido
E depois Um beijo molhado
Que te deixa quase quente
E num piscar de olhos
tudo parece girar mais rápido
Acabando no mesmo lugar
Poema de Domingo
3 de janeiro de 2010
Será que eu sei fazer uma declaração de amor? Vou tentar!
PAIXÃO OU FELICIDADE
(George Raposo)
Se eu disser que não sei viver sem você
Pode pensar que é exagero ou coisa parecida
Mas o que eu sinto agora ninguém pode entender
Você já é parte da minha vida
Quando os pingos da chuva batem na janela
E eu não tenho sua voz ao meu ouvido
Talvez você não seja a mulher mais bela
Mas é a única que fez fazer sentido
Se eu disser que você hoje é tudo para mim
Pode parecer loucura ou insensatez
Mas o que eu sinto agora é o que me faz sorrir
A lua está ali parada olhando outra vez
Quando a chuva vai embora e fica aquela solidão
Vejo o seu retrato na minha carteira
Talvez o silêncio faça parte do meu coração
Mas com você a vida parece uma brincadeira
Se eu disser que seu olhar é o que preciso
Pode parecer paixão ou mesmo felicidade
Mas tudo pode acontecer quando o seu sorriso
Mostra o caminho da minha verdade
Se eu disser que te entendo
Se eu disser que amo você
Talvez ninguém consiga acreditar
Talvez ninguém consiga perceber
Que sempre amarei você
…
Ah! Acho que ficou até legal!