Antes, depois, sempre. Te amo.
13 de setembro de 2010
Ela. Sim, amigos, é ela. Dessa vez não falarei de amor carnal, paixão avassaladora, sexo e sacanagem. Nada de desejar o corpo. Nada de procurar os beijos dela no canto da balada. Falarei de muito mais. Algo bem maior. Quase uma ligação de almas. Quase uma interação predestinada. Uma ligação tão forte que não pode ser descrita em palavras. Pelo menos, não nas línguas conhecidas. Repito, é ela.
No dia que nossos olhos se cruzaram. Alguns amantes de vampiros brilhantes diriam que era um “imprint”. Eu não sei. Precisava dela. Tal qual um stalker. Segui seus passos virtuais. Até que ela me deixasse aproximar. Sinceridade. Amizade. Anjo-da-guardisse. Tenho 738 expressões que poderiam somar-se e dizer o que ela representa pra mim.
Tenho que protegê-la do mundo lá fora, ou seria o contrário? Não consigo passar mais de 120 segundos sem pensar nela. Acho que será assim pra sempre. Mesmo que o pra sempre um dia acabe.
Poderia transformar em poesia o magnetismo que tenta nos unir a todo instante. Mentalmente. Calormente. E todos outros “mente” que podem existir. Todos advérbios de modo. Do modo que você faz meu coração bater. Um marcapasso moderno e de carne e osso. MEu anjo. De pele bem branca com um sorriso tímido. Eu te amo.
Não tenho vergonha de repetir isso quantas vezes forem possíveis. Acredito que tu acreditas que é verdade. Nem que a gente só ande de mãos dadas pelo Ibirapueras da vida. Só queria dizer. Nem que entre por um ouvido e atravesse seus tímpanos sem ecoar.
Não, essa não é apenas um declaração de amor. É uma exposição devassa do meu pensamento. Talvez as repetições a façam sorrir. Quero você bem. Maior que tudo e todos. Olhando por cima. De braços abertos sentindo o vento buliçoso balançar os seus cabelos. Eu te amo de novo. E enquanto puder estarei amando. Com gerundios e participios. Como um querubim que vela teu sono pela janela. Vem pra cá. Vem logo. Te espero. Te espero. Saudades de seu olhar profundo. Lendo os meus pensamentos. Buscando no meu HD algo que arranque um sorriso leve.
Tá tarde agora. Já desabafei. Vou dormir. Espero que estejas em meus sonhos. Não sou ambicioso, não quero estar nos seus. Um pensamento leve por dia pra mim já basta. Eu te amo e não quero nada em troca. Só saber como você está. Mesmo que eu enrole tus e vocês. É porque embargas meu raciocinio quando estás distante. Antes. Depois. Sempre. Nunca mais só. Te amo.
Brincadeiras e Consequências.
19 de agosto de 2010
Todo mundo tem um amigo machão, aquele que não abraça nem o pai. É estranho, mas tenho um amigo que disse esse frase. E todo mundo também tem aquele amigo bem moleque, que faz piada sobre tudo. O Bozo da galera.
Bem, estavámos num encontro de Direito em Fortaleza. E fomos na farmácia comprar remédios pra todas as eventuais doenças que tivessemos. Eu, o machão, o Bozo e mais dois amigos. O machão e o Bozo pararam numa padaria antes e então entraram na farmácia juntos enquanto o resto já tinha comprado tudo e estava na porta esperando.
Farmácia lotada e o Bozo, com um tubo de KY na mão vira pro Machão e grita bem alto com uma voz afeminada:
– Amor, olha o que eu achei. Vamos levar pra usar essa noite, vamos?
Todos os olhares se voltaram pra eles. Eu me joguei no chão de rir da cara do Machão. Ele ficou totalmente sem reação.
O Bozo levou alguns pedalas depois, no fim o Machão até achou graça da brincadeira. Só que a noite tinha uma festa da galera.
Lá vai o Bozo falar com uma garota linda pernambucana, conversa vai, conversa vem. Quando ele já estava no quase. Chega uma amiga dela e sussura algo no ouvido e ela vai embora.
Coincidentemente eu estava “ficando” com a amiga. E perguntei pra ela o que tinha falado pra outra. E ela retrucou:
– Falei pra ela que ele era baitola. Hoje de manhã eu o vi comprando KY com o namorado.
Eu ri mais ainda. MAs não desmenti. Ele tinha que aprender que algumas brincadeiras tem consequencia. No ônibus de volta que revelei a história pra ele. Dessa vez levei uns pedalas. E o Machão riu a volta toda repetindo pro Bozo: “Ih! Não pega ninguém. Ih! Não pega ninguém”
Despedida da Sinuca
26 de julho de 2010
Depois que ele resolveu marcar a data do casamento, era hora de fazer a despedida do Bar. Certas coisas eu não entendo. Logo ele, que todos pensavam que seria o último a casar, seria o primeiro. Então tinhamos que organizar a “última partida de sinuca – em busca da tacada perfeita” .
Chamou os amigos mais próximos. Velhos companheiros de bebida e balada e farra e vômitos em banheiros sujos. As ‘primas’, profissionais do sexo ou mulheres fáceis mesmo que ele conhecia, que todos conheciam. E como.
O local foi aquele Bar que tem a cerveja mais gelada e as mulheres mais quentes. Além das mesas de sinuca mais alinhadas. E então, que comece a vida fácil.
Ele bebeu como nunca. Jogou como sempre. Se perdeu em ambas. Fumou baseados que foram preparados pelos carinhas da Zona Sul. Liberdade.
Já eram 5 da manhã quando ele se sentou na rua. Começou a chorar. Pegou o violão e resolveu cantar. Nunca tinha ouvido “Paint It Black’ soar tão black. Quebrou o violão em 4678 pedaços e logo já estava entrando no banheiro com duas damas.
Eu tentei imaginar o que ele estava sentindo. Nunca mais discutiria futebol, política, religião, capitais da Africa numa mesa com os amigos. Nunca mais daria um beijo sem compromisso numa roqueirinha qualquer. PAssar o fim de semana de bar em bar sem se preocupar em chegar em casa na Terça-feira, meio dia.
Agora teria que passar o dia no computador. Trocando fraldas por aí. Com a mesma mulher todas as noites. Numa cama gelada. Lavar louça e limpar banheiro. E de vez em quando ele olhará pra lua e lembrará de tudo. Sentindo saudades dos dias de alegria, das noites de boêmia e da busca pela tacada perfeita.