o amor não é nada disso.
3 de agosto de 2011
Ei, amor, você sabia que o amor não é nada disso que você sempre imaginou? Não? Pois é. O amor não tem muito a ver com vestidos brancos, véu e grinalda. Alias, eu nunca soube ao certo o que seria grinalda e muitas mulheres, como você, também não sabem. Mas o amor não tem nada a ver com isso.
O amor não é abrir a porta do carro para você entrar. Não é ‘bom dia’, ‘por favor’ e ‘obrigado’. Não são palavras mágicas que compõem o amor. Não somos nós. Não é ninguém. Existe amor sem pôr-do-sol, sem luz do dia. Sem abraços e beijos. Existe amor sem nada disso.
Sabe que há amor até onde não há mais nada? Pois é. O amor pode ser mudo, surdo e louco. Principalmente, louco. Cego eu acho difícil, mas é o que pegou a fama. O amor é o alfabeto, o calendário e as ventanias. Não precisa fazer sentido, não precisa de oxigênio. Só precisa de duas pessoas, às vezes uma, às vezes milhares.
O amor é uma mentira. Uma piada sem graça. O Coringa quebrando a coluna do Batman. Dois peixes brigando pelo mesmo espaço. Aeronaves em chamas. Cravo e canela. O amor é dias de que não lembramos noites que esquecemos e todo o meio-dia em que ficamos com fome.
Eu distribuí um adesivo “eu já sabia” para vários amigos que desdenhavam do amor. Já cultivei amores nada secretos e segredos escancarados. Ninguém está imune. Não existe vacina ou manual de instruções. O amor é pneu furado e não falta de gasolina. Você pode se esconder, mas não sabe como fugir.
O amor tem quatorze tentáculos, visão de raio-x, GPS e sensor de movimento. O amor é a arma perfeita, perseguir e destruir. Sem amor não somos humanos. Não podemos pedir nem o lanche fast-food. Quem nunca amou deveria ficar numa ala isolada, afastados do convívio com a sociedade. Deviam ser tratados como sei lá o quê, mas não serei tão cruel. Só tenho pena.
O amor é loucura, já disse. O amor é loucura, repito. O amor é calçar as meias por cima do sapato, dizer bobagens e esperar fazer sentido. O amor não é nada disso que você desenhou, ou escreveu em seu diário. O amor não espera a sua vez. Não fica na fila, não atravessa na faixa de pedestre.
Desculpa, menina, mas o amor está em falta. Recomendo o sexo sem compromisso como especialidade da casa.
3 de agosto de 2011 às 20:58
Gostei 😀
4 de agosto de 2011 às 0:18
Kkkkkkkkk! Amei!